quarta-feira, 11 de julho de 2012

As cruzadas


No capítulo anterior, amanhece em São João D' Acre. Neusa vai até à igreja para se confessar. Ao chegar na igreja, ela se depara com o padre Reginaldo. Padre Reginaldo se aproxima dela, e fala baixinho no ouvido direito dela:
Padre Reginaldo: Bom dia, gostosa.
Neusa: Tenha respeito, padre! Nós estamos numa igreja, o senhor não pode se comportar assim!
Padre Reginaldo: Eu não acredito! Uma pobretona querendo me dar ordens! À senhora não passa de uma mulher pobre, que é pior ainda! O que à senhora veio fazer aqui?
Neusa: Eu vim me confessar.
Padre Reginaldo: À senhora não pode se confessar!
Neusa: Só por causa que eu sou mulher?
Padre Reginaldo: Um pouco disso também. Só podem se confessar, às mulheres que não são pobres, igual à senhora.
Neusa: Mas eu sou muito religiosa, eu cumpro meus deveres de católica.
Padre Reginaldo: Mas não doa para à igreja, à quantia estabelecida pelo o bispo. O que à senhora doa, é uma miséria!
Neusa: Eu vou embora daqui, o senhor está me magoando com suas palavras.

Na prisão, Pedro está pensativo.
Pedro: Ai meu Deus, será que eu vou sair dessa prisão? Durante esses meses que se passaram, os padres não deram nenhuma resposta se eles concluíram se à Odete está morta. Tomara que eles cheguem à essa conclusão.


Olívia vai até à loja de Paulo, para conversar com ele.
Olívia: Bom dia, Paulo.
Paulo: Senhora Olívia? O que à senhora veio fazer aqui? À senhora veio comprar alguma coisa?
Olívia: Paulo, na verdade, eu queria marcar com o senhor qualquer dia desses, para nós conversarmos em particular, sobre negócios.
Paulo: Tudo bem, eu vou pensar em um dia mais propício para nós conversarmos, e mando o meu empregado lhe informar.

Na casa que Odete está residindo, Odete pensa consigo mesma:
Odete: Eu estou com tanto medo, o dono da feira hoje, perguntou quem sou eu. Ele perguntou também de onde eu era. Eu acho que eu consegui enganá-lo, falando que eu moro na roça daqui mesmo, e que eu sempre morei no mesmo lugar, mas tem pouco tempo que eu decidi vender às minhas verduras para à feira, pois os meus pais me sustentavam, quando eles ainda eram vivos. Com essa história mentirosa, eu acho que eu consegui enganar ele direitinho. Mas eu tenho medo dele continuar desconfiando de mim. Eu também estou com medo, de não ter dinheiro para comprar comida, depois que o bispo decidiu aumentar os impostos sobre os alimentos. Por isso que eu estou precisando do Pedro, se ele estivesse aqui, ele compraria os alimentos para mim. Mas eu vou aumentar à entrega de verduras para à feira, assim, o dono da feira, irá pagar mais pelas minhas verduras.

Padre Reginaldo vai até à casa de Neusa, para lhe fazer uma pergunta.
Padre Reginaldo: Neusa, à senhora quer se confessar fora da igreja comigo?
Neusa: Não sei se eu deveria, mas eu vou aceitar.

Termina mais um capítulo de As cruzadas. Amanhã, mais um capítulo às 17:15.

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