quarta-feira, 24 de outubro de 2012

As cruzadas


No capítulo anterior, padre Ricardo vai até à casa de Regina. Na sala, eles conversam.
Padre Ricardo: Senhora Regina, eu vou viajar para Damasco, que é uma cidade que fica um pouco perto daqui de São João D' Acre, é uma cidade bela, confortável e encantadora. Eu estou pensando em levar à senhora comigo, mas em segredo. À senhora aceita?
Regina: É claro que eu topo! Eu deixo o meu filho, o André, aos cuidados da empregada. Onde o senhor ir, eu também vou atrás, meu amor.
Padre Ricardo: Nós não podemos de jeito nenhum, deixar alguém da igreja, descobrir o nosso caso, seria um escândalo muito grande, para à senhora e para mim, nós seríamos punidos severamente.
Regina: Eu te amo, padre!
Os dois se beijam na boca.

Em sua casa, na sala, Sueli observa o local atentamente. Pedro chega na sala, e estranha o comportamento da sua mãe.
Pedro: Mãe, o que à senhora está pensando?
Sueli: Eu estava olhando os locais da minha casa, e imaginado uma coisa. Eu sei que isso é pecado, mas eu vou desabafar com o senhor, meu filho. Eu estava imaginando o José, andando e fazendo às suas coisas aqui em casa.
Pedro: Por que, mãe?
Sueli: Eu queria ser uma mulher da sociedade, uma mulher chique, e o seu pai não proporciona isso para mim, por isso eu estava imaginando essa vida para mim com o José, pois ele me proporcionaria esse estilo de vida.

Amanhece em São João D' Acre. No quarto, Regino e Sueli acordam, mas permanecem na cama.
Regino: Sueli, eu escutei o que à senhora falou para o Pedro, ontem. Eu estava na cozinha, escutando tudo, escondido.
Sueli: Regino, não me interprete mal, tenta me entender, eu amo é o senhor, mas eu sempre quis pertencer à aquele estilo de vida, e por isso eu me estava imaginando com o José.
Regino: Sueli, eu vou fingi que acredito! Eu acho melhor a gente dá um tempo para nós dois, para refletirmos o nosso futuro! Eu vou para o meu comércio, trabalhar!

Em Jerusalém, no acampamento dos católicos, em uma das barracas, Lúcio e Mateus conversam.
Lúcio: Mateus, eu estou com tanta saudade de São João D' Acre! Principalmente da Olívia, à mulher que eu amo!
Mateus: O senhor não sente saudade da sua família, não?
Lúcio: É claro que eu sinto, mas à Olívia é o meu grande amor, e me entristece mais longe dela!
Mateus: Eu entendo! São os males do amor!

Na igreja, padre Roberto vai até à sala de bispo Sebastião, para conversar com ele.
Padre Roberto: Nas nossas investigações, senhor bispo, nós concluímos que à Odete não está morta, como o senhor Pedro disse, pois as doenças ocorridas pela à praga ainda persistem nesta cidade.
Bispo Sebastião: Pois então, mandem prender o senhor Pedro e ache essa bruxa!

Termina mais um capítulo de As cruzadas. Amanhã, mais um capítulo às 17:15.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

As cruzadas


No capítulo anterior, padre Reginaldo vai até à casa de Neusa, ao chegar lá, ele fala:
Padre Reginaldo: Eu vim para o almoço, senhora Neusa!
Neusa: Eu não convidei o senhor para almoçar, padre!
Padre Reginaldo: Mas eu vim mesmo assim, pois os fiéis devem servir os padres! Nós podíamos morar num logar maravilhoso, senhora Neusa, um lugar bonito, um verdadeiro paraíso.
Neusa: Eu não estou entendendo essa conversa! O que o senhor está querendo dizer?
Padre Reginaldo: É o meu sonho senhora Neusa, ficar com à senhora num lugar que se pareça um paraíso. Eu não posso mais sonhar não?
Neusa: Sonhar pode, mas não um sonho louco e impossível! Eu já falei para o senhor parar de pensar essas loucuras comigo!
Padre Reginaldo: Cale a boca, sua pobretona, gente pobre que nem à senhora, tem que me escutar e me obedecer, me sirva este almoço logo.
Neusa: Eu não vou lhe servir nada! Eu não vou deixar o senhor ficar me humilhando na minha casa, se o senhor não sair daqui, eu vou contar para o bispo às loucuras que o senhor fala.
Padre Reginaldo: Eu vou, mas eu volto, senhora Neusa!

Pela primeira vez, depois da morte de José, Regina vai para um de seus comércios, para se apresentar para os funcionários, como à nova chefe deles.
Regina: Boa tarde, a todos!
Funcionários: Boa tarde, senhora Regina!
Regina: Eu quero me apresentar como à nova chefe dos senhores, ou seja, como o meu marido morreu, alguém tem que ficar administrando os comércios que era dele, e esse alguém sou eu. Eu quero que os senhores me obedeçam ao extremo, tudo que eu pedir e ordenar, eu quero que seja cumprido, e eu quero que os comércios continuem dando lucro, gerando muitas riquezas.
Regina aponta para um de seus funcionários.
Regina: Pegue uma joia para mim, de alto valor de preferência, eu quero usar e abusar dessas joias caras!
Funcionário: Claro!

Ana vai até à igreja, para conversar com o bispo Sebastião. Na sala do bispo, eles conversam.
Ana: Bispo Sebastião, eu preciso conversar com o senhor uma coisa séria!
Bispo Sebastião: Estou à ouvidos, minha filha!
Ana: Eu vim reclamar dos senhores padres desta igreja, que comandam esta cidade! Eu não concordo dos pobres não poderem ter bíblias, só os ricos que podem, e ainda assim, a língua escrita das bíblias é o latim, não traduziram ainda para ela se tornar acessível a todos. Para as bíblias serem acessíveis a todos, os senhores também devem abaixar o preço das bíblias que são caríssimas, justamente, para o pobre não poder comprar, e os ricos sim.
Bispo Sebastião: Senhora Ana, já está anotado à sua sugestão!
Ana: Como o senhor é falso e hipócrita, só me trata bem, porque eu sou filha do José, mas na verdade, o senhor está com muita raiva de mim, por eu ter falado isso tudo. Eu me envergonho dos senhores, ditadores de regras e absurdos! Eu vou-me embora, eu sei que essas minhas críticas não adiantarão de nada!

Anoitece em São João D' Acre. Ao chegar em casa, depois de ter trabalhado em seus comércios, Paulo estranha o movimento de pessoas na sua sala, e nota que elas têm características de serem pobres. Ele então pergunta à Ana, o que está acontecendo:
Paulo: Ana, o que está acontecendo aqui?
Ana: Um bazar! Eu comprei muitas bíblias hoje nos comércios da cidade, e agora eu estou doando para os pobres, que não têm dinheiro para comprá-las, e que nós sabemos que o governo encarece a bíblia de propósito para os pobres não sentirem nem o cheiro delas.
Paulo: E à Manuela, nossa filha?
Ana: Ela está lá em cima, com à empregada.
Paulo: Vou lá vê-la.

Padre Ricardo vai até à casa de Regina. Na sala, eles conversam.
Padre Ricardo: Senhora Regina, eu vou viajar para Damasco, que é uma cidade que fica um pouco perto daqui de São João D' Acre, é uma cidade bela, confortável e encantadora. Eu estou pensando em levar à senhora comigo, mas em segredo. À senhora aceita?

Termina mais um capítulo de As cruzadas. Amanhã, mais um capítulo às 17:15.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

As cruzadas


No capítulo anterior, padre Roberto vai até à casa de Regino e Sueli, para conversar com Pedro. Na sala, eles se encontram.
Padre Roberto: Senhor Pedro, eu quero que o senhor seja sincero, se não, o senhor poderá sofrer duras consequências depois. À Odete está morta mesmo, como o senhor tinha dito?
Pedro: Está, padre! Eu sofro por isso até hoje, pois eu amava ela! Eu tenho vergonha de dizer isso, por eu ser católico, e ter se apaixonado por uma bruxa, mas aconteceu, eu não tive como escapar deste amor.
Padre Roberto: O senhor está cometendo um pecado grave, senhor Pedro! Estar apaixonado por uma bruxa, ela pode estar morta, mas só do senhor estar apaixonado, continua sendo um pecado gravíssimo, pois um católico não pode se apaixonar por uma pessoa que espalhou doenças pela a cidade juntamente com o diabo. O senhor precisa rezar muito, para Deus perdoar o seu pecado e lhe tirar essa paixão do coração. Eu espero que o senhor tenha falado a verdade, que ela provavelmente tenha morrido, se não, o senhor será penalizado perante a justiça do mundo e a de Deus.

Em Jerusalém, na casa de Maria, no quarto de Isabela, Isabela e Maria conversam.
Isabela: Maria, já faz muito tempo que o Rodrigo foi para São João D' Acre, e até agora não voltou. Quer dizer que ele não me ama, se não, ele teria voltado para cá para me ver. Eu preciso saber se ele continua me amando, ou se aconteceu alguma coisa para ele não ter voltado.
Maria: E como à senhora vai descobrir?
Isabela: Eu estou pensando em ir para São João D' Acre!
Maria: À senhora está louca, com quem à senhora vai?
Isabela: Eu vou com algum grupo de muçulmanos que vai para lá, para atacar os católicos.
Maria: À senhora andando com esses muçulmanos, é perigoso à senhora morrer junto com eles por causa dos católicos!
Isabela: Maria, eu sei o que eu estou fazendo!

Amanhece em Jerusalém. Rodrigo vai até à casa de Regina, para visitá-la. Na sala, eles conversam.
Rodrigo: Bom dia, senhora Regina!
Regina: Bom dia, senhor Rodrigo!
Rodrigo: Senhora Regina, eu vim aqui visitá-la, pois tem muito tempo que nós não se vemos, e à senhora faz parte da minha família, eu tenho muito apreço pela à senhora.
Regina: É assim que eu sinto, mas eu sinto mais além, que nós podemos ir além de ser uma família, e sim, sermos mais íntimos um do outro.
Rodrigo: Como está o meu irmão?
Regina: Está muito bem, ele ainda não acordou, uma pena, pois iria adorar ver o senhor. Quando ele acorda, é à minha empregada que vai lá cuidar dele, só depois que eu vejo que eu estou com disposição de cuidar dele, que eu vou lá cuidá-lo.
Rodrigo: Eu queria tanto vê-lo! Mas senhora Regina, eu concordo plenamente de nós sermos mais íntimos, pois um precisa confiar no outro.
Regina: Até agora o senhor não me entendeu! Eu quis dizer isso...
Regina beija na boca de Rodrigo. Depois de beijá-lo, Rodrigo se aborrece com ela:
Rodrigo: O que é isso, senhora Regina? À senhora está louca? Eu imaginando que à senhora estava falando de família! Eu vou me embora, quando à senhora se melhorar da sua loucura, eu volto para visitar o meu irmão.

Em Jerusalém, Marcelo vai até um templo muçulmano, para conversar com o líder religioso da cidade.
Marcelo: Sacerdote, eu sei que é o senhor que cuida dos assuntos criminais da cidade, pois o senhor é um dos que mandam nessa cidade. O senhor precisa me ajudar! Eu quero que prendem ou matem o católico que matou o meu filho!
Sacerdote: O senhor sabe quem é?
Marcelo: Não! O problema é isso! Mas é só o senhor mandar investigar, ou culpar todos os católicos por esse crime.
Sacerdote: Tudo bem, senhor Marcelo! Eu vou mandar investigarem o crime da morte de seu filho, dependendo do resultado da investigação, eu decidirei sobre como punir o criminoso.

Na casa de Maria, na sala, Felipe, Isabela e Maria conversam.
Isabela: O senhor está gostando da minha tristeza, não é, pai?
Maria: O que é isso, Isabela? Como à senhora fala assim com o seu pai?
Felipe: Deixa Maria, ela está triste por causa daquele católico desgraçado!
Isabela: Não chama ele de desgraçado, pai! Se há alguém errado nessa história é o senhor, que foi contra o nosso namoro, e por isso, me afastou dele, que foi embora para a cidade dele, e não voltou mais.
Felipe: E tomara que não volte, que fique por lá, matando os muçulmanos que moram lá, e explorando dos católicos pobres, que tem que fazer tudo que os católicos poderosos e os padres mandam.
Isabela grita bem alto para o seu pai:
Isabela: O Rodrigo não é assim!
Felipe dá um tapa no rosto de sua filha.
Felipe: Nunca mais responda o seu pai! Vá para o seu quarto agora!
Isabela: Com o maior prazer!
Maria: Eu também vou para o meu quarto, pois o que eu vi nessa sala, foi um absurdo!

Padre Reginaldo vai até à casa de Neusa, ao chegar lá, ele fala:
Padre Reginaldo: Eu vim para o almoço, senhora Neusa!

Termina mais um capítulo de As cruzadas. Amanhã, mais um capítulo às 17:15.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

As cruzadas


No capítulo anterior, na casa que Odete está residindo, Odete conversa com Pedro.
Odete: Pedro, eu preciso falar uma decisão que eu tomei muito triste, que me entristeceu profundamente, mas que vai ser melhor para nós. Eu não quero mais me relacionar com o senhor, Pedro!
Pedro: Eu não acredito que à senhora está fazendo isso com a gente!
Odete: Tente me entender, é melhor para nós isso! O senhor não vai precisar mais se preocupar comigo, não vai correr mais o risco de ser descoberto por alguém que o senhor me ajuda, e eu vou ficar mais despreocupada em relação ao senhor, sabendo que o senhor está seguro longe de mim. Agora, vá para à sua casa, e me esqueça, por favor!
Pedro: Eu vou, mas eu sei que à senhora não vai conseguir me esquecer fácil!

Em casa, na cozinha, Pedro, Regino e Sueli almoçam.
Sueli: Eu estou tão preocupada com o Lúcio, lá em Jerusalém, ferido. Eu fico me perguntando se ele vai melhorar, ou se ele piorou.
Regino: Sueli, tire da sua cabeça todo pensamento negativo, só pense em coisas positivas!
Sueli: Pedro, meu filho, o senhor está tão calado hoje, à comida que eu fiz está ruim?
Pedro: Não, mãe, não é isso! Eu que não aguento essas regras e costumes fúteis da sociedade!

Em Jerusalém, no acampamento dos católicos, Mateus vai até à barraca que Lúcio está, e o vê em pé.
Mateus: Senhor Lúcio, o que o senhor está fazendo em pé?
Lúcio: Eu vou procurar o muçulmano que me feriu, para matá-lo!
Mateus: O senhor enlouqueceu? O senhor não melhorou o bastante para já estar de pé, e deixa esse homem para lá, se vingar não é bom.
Lúcio: Tudo bem! Aqui, eu sou vigiado mesmo!

Em São João D' Acre, no comércio de Paulo, na sua sala, Olívia vai até ele, para lhe pedir desculpas.
Olívia: Senhor Paulo, me desculpe pelo o beijo que eu lhe dei.
Paulo: À senhora não tem que pedir desculpas, eu gostei e retribui o seu beijo. Eu estou querendo até outro!
Os dois se beijam na boca.

Anoitece em São João D' Acre. Na igreja, padre Roberto conversa com o bispo Sebastião.
Padre Roberto: Bispo Sebastião, eu estava pensando, e cheguei a uma supostamente conclusão. Eu acho que à Odete está viva, e que foi ela que matou o José, ela é à única capaz de fazer uma atrocidade dessas, pois, ela é a responsável pelas doenças que nós chamamos de praga, que está se difundindo pela nossa cidade, matando várias pessoas.
Bispo Sebastião: Nós vamos ter que investigar essa história, padre!

Padre Roberto vai até à casa de Regino e Sueli, para conversar com Pedro. Na sala, eles se encontram.
Padre Roberto: Senhor Pedro, eu quero que o senhor seja sincero, se não, o senhor poderá sofrer duras consequências depois. À Odete está morta mesmo, como o senhor tinha dito?

Termina mais um capítulo de As cruzadas. Amanhã, mais um capítulo às 17:15.