terça-feira, 12 de março de 2013

As cruzadas


No capítulo anterior, em São João D' Acre, padre Reginaldo leva Neusa até à igreja, quando chega na porta da igreja, Neusa interrompe o andar do padre.
Neusa: Para onde o senhor está me levando e para fazer o quê?
Padre Reginaldo: A senhora falou para eu renunciar por causa do meu amor, e eu irei fazer isso que a senhora falou para mim.
Neusa: Mas, quando eu falei, eu acho que eu não estava pensando bem nas consequências que pode acontecer com o senhor e comigo também diante dessa sua decisão.
Padre Reginaldo: Eu não estou mais me importando com as consequências!
Neusa: Mas eu mudei de ideia, se o senhor me ama, o senhor não irá renunciar o seu cargo de padre.
Padre Reginaldo: Tudo bem, o que eu irei fazer, é adiar essa decisão para outro dia, por causa que a senhora está me pedindo, mas eu estou decidido a renunciar.

Na casa de Regina, na cozinha, Regina, padre Ricardo e a empregada com o filho de Regina em seu colo almoçam.
Regina: Padre Ricardo, eles conseguiram enganar o senhor! A Ana e o Paulo estão escondendo sim, três muçulmanos na casa deles. O senhor deve que não achou eles, porque deve que eles estavam escondidos no quarto de hóspedes ou em algum outro quarto da casa. O senhor olhou dentro da casa?
Padre Ricardo: Não, eu só fiquei na sala, e confiei na palavra deles de que eles não estavam escondendo muçulmano nenhum na casa deles.
Regina: Pois, eles estão sim, eu vi! O senhor pode voltar lá de novo, mas de surpresa, sem avisar que vai visitá-los, e exige olhar dentro da casa, no interior dela e no quarto de hóspedes.
Padre Ricardo: E pode ficar despreocupada, eu não contei para eles que foi a senhora que os denunciou.

Em casa, em seu quarto, Ana com a sua filha Manuela em seu colo conversa com a Isabela.
Ana: Isabela, a minha filha não é bonita?
Isabela: Bonita igual a mãe!
Ana: Tomara que ela tenha a sorte de ter a minha presença junto com ela por muito tempo.
Isabela: Por que?
Ana: Eu perdi a minha mãe há pouco tempo, de uma forma trágica. Ela foi encontrada morta, suspeita de assassinato. Eu acredito, aliás, eu tenho certeza, que foi algum católico que matou ela, pois ela era muçulmana, e todo mundo daqui sabia que ela era muçulmana, pois ela foi casada com o meu pai, que era um homem muito importante para a cidade. E até hoje, eu não me conformo com a morte dela, eu tenho até hoje sede de vingança.
Isabela: Mas, com certeza, essa situação não se repetirá com a sua filha!

Na igreja, na sala do bispo, bispo Sebastião conversa com padre Roberto.
Bispo Sebastião: Eu vou contar para o senhor, padre, um dos motivos que estão me influenciando para renunciar ao meu cargo. Eu tenho que contar isso para o senhor, pois eu confio no senhor, e eu preciso desabafar, se não, isso irá me sufocar. Eu acho que eu estou me apaixonando por uma mulher.

Termina mais um capítulo de As cruzadas. Amanhã, mais um capítulo às 17:15.

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