terça-feira, 9 de julho de 2013

As cruzadas


No capítulo anterior, em São João D' Acre, na prisão, numa cela, Maria começa a conversar com seu tio Felipe e com sua prima Isabela.
Maria: Tio Felipe e Isabela, prestem atenção, porque eu vou revelar um segredo que escondi por muito tempo do tio Felipe, com medo de sua reação, tio! Mas, agora, irei revelar, porque nós já sabemos, que uma hora ou outra esses católicos nos matarão! Tio Felipe, eu finjo que sou uma muçulmana, mas não me considero uma, porque eu não acredito em Deus!
Felipe: Eu não acredito, isso só pode ser uma piada, isso é uma piada!
Maria: Não, tio, não é uma piada, é a pura verdade!
Felipe fica nervoso ao pensar que Maria o enganou esse tempo, e por isso, lhe dá um tapa no rosto.
Isabela se assusta.
Isabela: Pai, por que o senhor fez isso?
Felipe: Por ela ter me enganado esse tempo todo! Só um detalhe, a senhora falou que escondeu esse segredo de mim, mas não falou da Isabela, ela já sabia, Maria?
Maria: Sabia, tio!
Felipe: Credo, fui enganado dentro da minha própria casa! Maria, se eu fosse à senhora, à senhora não olhava mais na minha cara, nós só teremos de nos aguentar perto do outro, porque nós estamos presos na mesma cela. E à senhora, Isabela, minha filha, me decepcionou bastante por ter escondido isso de mim, mas eu entendo à senhora, à senhora não quis perder a amizade dessa mentirosa!

Rodrigo vai até à prisão, para conversar com à Isabela. Chegando na prisão, o guarda pergunta-lhe o que ele deseja.
Guarda: O que o senhor quer por aqui?
Rodrigo: Eu quero visitar uma muçulmana que está presa aqui, chamada Isabela.
Guarda: O que um homem de prestígio aqui da cidade como o senhor, filho do falecido José, quer com essa muçulmana?
Rodrigo: Eu quero lhe perguntar algumas coisas.
Guarda: Hoje, não será possível essa sua visita. A igreja determinou uma regra de visitação, e hoje não é permitido que os presos recebam visitas, retorne aqui outro dia, por favor.
Rodrigo: Tudo bem!

Anoitece em Jerusalém. Em casa, na sala, Marcelo conversa com Padeceu.
Marcelo: Padeceu, essa dúvida me mata! Se quem eu quero é à Maria ou à Gabriela? Para às duas eu sinto sentimentos e emoções diferentes. Eu estou morrendo de saudade do jeito engraçado da Maria e do bom humor que marcava presença nela, e à Gabriela eu sinto um sentimento de amizade, compaixão e as vezes eu me sinto seduzido por meio de uma paixão à ela, mas ao mesmo tempo eu fico chateado porque ela fica com vários homens. Que situação em amigo que eu estou vivendo?!
Padeceu: Eu não queria ser o senhor neste momento! Olhando quem eu gosto mais, eu prefiro à Gabriela!
Marcelo: Então, o senhor sempre gostou das mulheres que eu vivia cercado?
Padeceu: Ninguém mandou elas serem tão bonitas e atraentes!

Nas ruas de Jerusalém, Gabriela está perambulando com um saco na mão recolhendo os lixos que encontra,   e Lúcio está indo para o acampamento dos católicos para dormir, quando ele vê Gabriela.
Lúcio: Boa noite!
Gabriela: Boa noite!
Lúcio: Olhando para à senhora, eu acho que eu sei quem à senhora é! Um amigo meu iria me apresentar a uma senhora que ele falou que é uma mendiga, mas que é muito bonita, e que por ser tão pobre, ela se relaciona com alguns homens, para ganhar um pouco de dinheiro. E, vendo à senhora, eu acho que ele falou é da senhora mesmo, não é?
Gabriela: Pelo jeito que ele falou, sou eu sim!
Lúcio: Bem, agora eu tenho que ir dormir, porque amanhã eu acordo cedo para trabalhar, mas depois a gente se vê de novo. Boa noite!
Gabriela: Boa noite!

Em casa, na sala, Marcelo continua conversando com Padeceu.
Marcelo: Padeceu, mas uma coisa que nunca sairá de dentro de mim, é o ódio que eu tenho do muçulmano que matou o meu filho, Luís, só porque ele descobriu que o Luís era católico, que lutava na guerra contra os muçulmanos e que ainda assim, morava aqui em Jerusalém, cidade dos muçulmanos, por isso que ele o matou, achou muito atrevimento do Luís de ser católico e ainda morar na cidade que é dominada pelos muçulmanos... Eu parecia ter demostrado que tinha superado isso, não é?
Padeceu: Verdade, eu estava achando o senhor conformado demais, porque tem muito tempo que o senhor não falava mais disso!
Marcelo: É porque eu estava tentando esquecer, mas eu vi que não tem jeito! Só me aliviará esse sentimento, quando eu achar que houve justiça em relação à morte do meu filho, só quando eu me vingar do muçulmano que o matou!

Termina mais um capítulo de As cruzadas. Amanhã, mais um capítulo às 17:15.

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