quinta-feira, 22 de novembro de 2012

As cruzadas


Em São João D' Acre, no comércio de Paulo, Rodrigo vai até à sala de seu chefe.
Rodrigo: Senhor Paulo, eu preciso me desabafar com o senhor, pois eu não estou aguentando mais não contar isso para alguém!
Paulo: Conte!
Rodrigo: Eu estou apaixonado por uma muçulmana!
Paulo: Uma muçulmana? Aposto que é de Jerusalém.
Rodrigo: É, me apaixonei quando eu fui guerrear lá.
Paulo: Mas Rodrigo, essa paixão sua é proibida, católico só pode se relacionar com católica!
Rodrigo: O senhor concorda com essa regra?
Paulo: Não, mas é uma regra imposta pela à sociedade religiosa e hipócrita!
Rodrigo: Eu estou preocupado com ela, eu falei que eu voltaria para lá, para nós continuarmos a se ver, mas aí veio a morte do meu pai, e eu decidi construir minha vida aqui, trabalhando no seu comércio, pois trabalhar lá eu seria perseguido pelos os muçulmanos por ser católico.

Em Jerusalém, em seu quarto, Maria está pensativa.
Maria: Eu queria saber o que eu sinto! Se o que eu sinto pelo o Marcelo, é amor, paixão ou outra coisa. Mas eu não sei decifrá-los! Será como está o Marcelo? Tem tanto tempo que eu não o vejo, não beijo aquela boca gostosa, não reparo aquele corpo divino. Maria, à senhora não deveria falar essa palavra, divino, pois à senhora é ateu, à senhora não acredita nessa coisas!

Anoitece em Jerusalém. Ao voltar para a sua casa, depois de ter saído do seu trabalho, Marcelo vê Gabriela na rua.
Marcelo: Boa noite, Gabriela!
Gabriela: Boa noite, senhor Marcelo!
Marcelo: Agora que eu te vi, eu pensei numa coisa!
Gabriela: Em quê?
Marcelo: Deve ser bom em partes, a sua vida! Ser livre de regras, pois ninguém se importa com os mendigos, não ter compromissos, como trabalho. A parte ruim, é mendigar pelas as ruas, passar fome e frio ao dormir na rua.
Gabriela: Essa parte é ruim mesmo, mas a outra que o senhor falou é ótima, por isso eu gosto um pouco dessa vida, pois eu não tenho essas privações causadas por essas regras da sociedade.

Na sala de sua casa, Maria e Felipe conversam.
Felipe: Maria, à senhora é virgem?
Maria: Quê isso, tio? Isso é pergunta de se fazer?
Felipe: É só responder, Maria!
Maria: Mas o senhor está querendo saber se eu sou virgem de boca, ou de corpo?
Felipe: Por que? À senhora já fez os dois?
Maria: Tio, ninguém é de ferro, eu já beijei!
Felipe: O quê? Olha que eu te bato em menina!
Maria: Mas até a sua filha já beijou!
Felipe: Falando nisso, onde está ela? Eu cheguei ontem a noite em casa, e não vi ela, mas eu estava tão cansado, que eu não fui procurá-la. E não vi ela hoje o dia inteiro também. Onde ela está, Maria?
Maria: Eu não sei, tio! Eu estou desesperada, igual ao senhor, com esse sumiço da senhora Isabela!

Termina mais um capítulo de As cruzadas. Amanhã, mais um capítulo às 17:15.

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