terça-feira, 23 de outubro de 2012

As cruzadas


No capítulo anterior, padre Reginaldo vai até à casa de Neusa, ao chegar lá, ele fala:
Padre Reginaldo: Eu vim para o almoço, senhora Neusa!
Neusa: Eu não convidei o senhor para almoçar, padre!
Padre Reginaldo: Mas eu vim mesmo assim, pois os fiéis devem servir os padres! Nós podíamos morar num logar maravilhoso, senhora Neusa, um lugar bonito, um verdadeiro paraíso.
Neusa: Eu não estou entendendo essa conversa! O que o senhor está querendo dizer?
Padre Reginaldo: É o meu sonho senhora Neusa, ficar com à senhora num lugar que se pareça um paraíso. Eu não posso mais sonhar não?
Neusa: Sonhar pode, mas não um sonho louco e impossível! Eu já falei para o senhor parar de pensar essas loucuras comigo!
Padre Reginaldo: Cale a boca, sua pobretona, gente pobre que nem à senhora, tem que me escutar e me obedecer, me sirva este almoço logo.
Neusa: Eu não vou lhe servir nada! Eu não vou deixar o senhor ficar me humilhando na minha casa, se o senhor não sair daqui, eu vou contar para o bispo às loucuras que o senhor fala.
Padre Reginaldo: Eu vou, mas eu volto, senhora Neusa!

Pela primeira vez, depois da morte de José, Regina vai para um de seus comércios, para se apresentar para os funcionários, como à nova chefe deles.
Regina: Boa tarde, a todos!
Funcionários: Boa tarde, senhora Regina!
Regina: Eu quero me apresentar como à nova chefe dos senhores, ou seja, como o meu marido morreu, alguém tem que ficar administrando os comércios que era dele, e esse alguém sou eu. Eu quero que os senhores me obedeçam ao extremo, tudo que eu pedir e ordenar, eu quero que seja cumprido, e eu quero que os comércios continuem dando lucro, gerando muitas riquezas.
Regina aponta para um de seus funcionários.
Regina: Pegue uma joia para mim, de alto valor de preferência, eu quero usar e abusar dessas joias caras!
Funcionário: Claro!

Ana vai até à igreja, para conversar com o bispo Sebastião. Na sala do bispo, eles conversam.
Ana: Bispo Sebastião, eu preciso conversar com o senhor uma coisa séria!
Bispo Sebastião: Estou à ouvidos, minha filha!
Ana: Eu vim reclamar dos senhores padres desta igreja, que comandam esta cidade! Eu não concordo dos pobres não poderem ter bíblias, só os ricos que podem, e ainda assim, a língua escrita das bíblias é o latim, não traduziram ainda para ela se tornar acessível a todos. Para as bíblias serem acessíveis a todos, os senhores também devem abaixar o preço das bíblias que são caríssimas, justamente, para o pobre não poder comprar, e os ricos sim.
Bispo Sebastião: Senhora Ana, já está anotado à sua sugestão!
Ana: Como o senhor é falso e hipócrita, só me trata bem, porque eu sou filha do José, mas na verdade, o senhor está com muita raiva de mim, por eu ter falado isso tudo. Eu me envergonho dos senhores, ditadores de regras e absurdos! Eu vou-me embora, eu sei que essas minhas críticas não adiantarão de nada!

Anoitece em São João D' Acre. Ao chegar em casa, depois de ter trabalhado em seus comércios, Paulo estranha o movimento de pessoas na sua sala, e nota que elas têm características de serem pobres. Ele então pergunta à Ana, o que está acontecendo:
Paulo: Ana, o que está acontecendo aqui?
Ana: Um bazar! Eu comprei muitas bíblias hoje nos comércios da cidade, e agora eu estou doando para os pobres, que não têm dinheiro para comprá-las, e que nós sabemos que o governo encarece a bíblia de propósito para os pobres não sentirem nem o cheiro delas.
Paulo: E à Manuela, nossa filha?
Ana: Ela está lá em cima, com à empregada.
Paulo: Vou lá vê-la.

Padre Ricardo vai até à casa de Regina. Na sala, eles conversam.
Padre Ricardo: Senhora Regina, eu vou viajar para Damasco, que é uma cidade que fica um pouco perto daqui de São João D' Acre, é uma cidade bela, confortável e encantadora. Eu estou pensando em levar à senhora comigo, mas em segredo. À senhora aceita?

Termina mais um capítulo de As cruzadas. Amanhã, mais um capítulo às 17:15.

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