Primeiro capítulo da web novela, As cruzadas
Jerusalém
Ano de 1095
Jerusalém, chamada ''terra santa'', estava dominada pelos mulçumanos. Os cristãos católicos, não admitiam essa situação, eles queriam também dominar Jerusalém. E com isso, o papa Urbano II, prega e promete a salvação a todos os que morresem em combate contra os pagãos. O apelo do papa foi feito a todos sem distinção, pobres ou ricos.
Muitos dos combatentes retiraram-se uma vez conquistada Jerusalém (incluindo os grandes senhores), mas um núcleo ficou (cálculos chegam a falar de algumas centenas de cavalheiros e um milhar de homens á pé). As cidades principais (como Antioquia e Edessa) tornaram-se capitais de principados e reinos (embora Jerusalém fosse de certo modo o centro religioso e político), com outras marcas a protegê-los.
O sistema feudal foi transplantado para o Oriente com algumas alterações: muitas vezes, em vez de receber feudos, os cavaleiros eram pagos com direitos ou rendas. As cidades mercantis italianas tornaram-se fundamentais para a sobrevivência desses estados: permitiu a chegada de resforços e interceptar os movimentos das esquadras mulçumanas, tornando o Mediterrâneo novamente navegável pelos Ocidentais. Mas rapidamente os mulçumanos iriam reagir.
De qualquer modo, nos anos seguintes, com a euforia da vitória, mais voluntários seguiram para o Oriente. Os contingentes seguiam por nacionalidades, continuando pouco organizados. As motivações eram variáveis: se alguns pretendiam obter novos feudos, ou redimir-se das suas faltas, havia também aqueles que pretendiam ''apenas'' ganhar batalhas, cobrir-se de glória, bençãos espirituais, e voltar para sua terra.
Os governantes cruzados encontravam-se em grande desvantagem numérica em relação ás populações mulçumanas que eles tentavam controlar. Assim, construiram castelos e contrataram tropas mercenárias para mantê-los sobre controle. A cultura e a religião dos francos era muito estranha para cativar os residentes da região. Dos seguros castelos, os cruzados interceptavam cavaleiros árabes. Por aproxidamente um século, os dois lados mantiveram um clássico conflito de guerra. Os cavaleiros francos eram muito fortes, mas lentos. Os árabes não aguentavam um ataque da cavalaria pesada, mas podiam cavalgar em círculo em volta dela, na esperança de incapacitar asunidades dos francos e fazer emboscadas no deserto.
Ordens de monges cavaleiros foram formadas para lutar pelas terras sagradas. Os cavaleiros eram bravos, mas nunca era suficiente para fazer a região ficar segura. Os reinos cruzados sobreviveram por um tempo, em parte porque aprenderam a negociar, e jogar os diferentes grupos árabes uns contra os outros.
Por volta do ano 1100, uma nova expedição partiu. Partiram para Jerusalém, levantaram-se discussões contra os mulçumanos que estavam fartos de ter aqueles vizinhos incômodos que pilhavam a terra, portavam-se de uma forma mais brutal em guerra, e ficavam com o que conquistavam.
Entretanto, os mulçumanos estavam a unificar-se para tentar fazer face a essas ameaças. Evitando os combates diretos até o último momento contra a cavalaria pesada cristã, usaram táticas de emboscadas.
Em Mersivan, esmagaram um dos exércitos cristãos, que fora abandonado pelos seus líderes e cavaleiros (que fugiram). Estes foram severamente criticados pela fuga, assim como Alexio, imperador de Bizâncio, por não ter dado apoio.
Por alguns anos, não foram pregadas mais cruzadas, e os territórios cristãos no Oriente tiveram de se aguentar por conta própria. Assumiram como padroeiro São Jorge da Capadócia, exemplo de cavaleiro cristão, e seu brasão de armas, a cruz vermelha num escudo branco.
O condado de Edessa caiu em 1144, sob Zangi, governante de Alepo e Mosul. Caiu mais tarde Antioquia em 1268, Trípoli em 1289 e o último posto dos cruzados, São João D' Acre, durou até 1291.
Sétima cruzada
1248 á 1250
Foi liderada pelo rei da França Luís IX, posteriormente canonizado como São Luís. Ele desembarcou diretamente no Egito e, depois de alguns combates, conquistou Damietta. O sultão ofereceu Jerusalém a Luís, e Luís não acreditando muito na oferta recusou. Em Mansurá, depois de quase terem vencido, os cruzados são derrotados pela imprudência do irmão do rei, Roberto de Artois. Depois de uma retirada desastrosa, o exército rendeu-se. Luís IX caiu prisioneiro e os cristãos tiveram de pagar um pesado resgate pela sua libertação. Somente a resistência da rainha francesa em Damietta permitiu que se conseguisse negociar com os egípcios. Luís ficou mais algum tempo e conseguiu salvar o território de Outremer (indiretamente ás invasões mongóis deram seu contributo).
Termina aqui o primeiro capítulo de As cruzadas. Amanhã, vão ser apresentados os personagens da web novela. Hoje não foram apresentados por que temos que informar como começou essa guerra religiosa, e é muita coisa teórica, se deixar para ser apresentados os personagens, o primeiro capítulo fica muito extenso. Amanhã, segundo capítulo de As cruzadas ás 15:30.
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